domingo, 25 de março de 2007

Inovação ou Estilo pessoal? Tem que ser uma dualidade?

Oh dilema, oh malditas escolhas!


Tenho conversado com um amigo sobre os novos cds de bandas que gostamos, quando tenho tempo no fim de semana para prestar atenção.

Ele coloca que é bom uma banda mudar de seu estilo tradicional, fazer algo diferente do que faz normalmente para não cair na mesmice. Qualquer um pode perceber a sabedoria nessas palavras.

Mas devo tentar discordar e tentar colocar um ponto de vista.

Hoje em dia, há de fato várias bandas que fazem sons padronizados, parecidos mesmo, seja para fazer sucesso no vácuo de outras, seja por inspiração. Mas de vez em nunca aparecem bandas que fazem um som diferente, ou grupos de bandas.
Elas fazem um som único, ou pelo menos menos comum. Mas parece que isso não é mais valorizado hoje em dia. Elas simplesmente mudam seus estilos, adotando coisas diferentes, mas ao meu ver, mais do mesmo.

Esse é o dilema: Bandas que fazem um som diferente buscarem coisas novas, mas com isso lançam cds medíocres. O dilema se aprofunda, quando temos que levar em consideração aquilo que os fãs querem e aquilo que os músicos querem. Nenhum músico quer tocar a mesma coisa para sempre (tá, nem todos), mas os fãs são resistentes a mudanças.

Bom, eu como pessoa na posição de fã, ouso reclamar pois amava o estilo, por exemplo, do Therion e este foi perdido no novo cd.

Parece que há uma caça ao bom e velho sinfônico nessa nova safra. Não sei o porquê, mas odeio o seu resultado.

Resenha: Tristania [2007] Illumination


Continuando a avacalhação, vamos falar do mais novo trabalho do Tristania, já que foi colocado no último que falaríamos dele de qualquer jeito, fazer o quê, promessa é dívida, por Tutatis!



Continuando a sua Saga para ficar cada vez menos parecido com os outros discos, o Tristania larga cada vez mais o seu eu anterior: Valorizam o vocal da Vibeke Stene, que abandonou de vez a técnica lírica, tendo alguns suspiros de persistência, como na faixa 20, deadlands. O jogo de vocais está mais reduzido que nunca, pouco se ouve de gutural. Mas ao que me parece, a maior mudança foi do estilo. Agora eles soam menos pesado, menos sombrio. Menos metal. Bateria mais marcada, guitarra mais contida, vocal bem menos pesado se comparado mesmo com o Ashes.

Acho interessante como disco, é bom, mas ao sair das caracterísiticas do próprio Tristania, se torna um disco normal, ao estilo de várias outras bandas, perdendo coisas que lhe davam riqueza. Não iria ao show só por causa dele.

Para ilustrar melhor esse último comentário, vou fazer um novo post.