quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Resenha: Tristania [2005] Ashes

Bom, resolvi usar o Blog para exercitar outro talento que preciso desenvolver, que é o da apreciação musical. Então vou aproveitar que ninguém lê meu blog e escrever barbaridades sobre o trabalho artístico suado dos outros!

E a primeira vítima é, Ashes, de 2005, do Tristania. Um prequel para o Illumination, o novo deles, que planejo comentar também.



Esse disco vem após a saída do compositor, cantor e guitarrista Morten Veland, que era a fonte de criatividade da banda. Mas tudo bem, mesmo sem ele, World of Glass é um disco maravilhoso, um dos melhores que já ouvi.

Mas falemos do Ashes. Depois de ter babado no World of Glass e ter ficado com aquele gostinho de quero mais, a primeira vez que ouvi o Ashes foi chocante: Cadê o coro? Cadê aquela composição quebrada, que parece que o cd tá arranhado? Onde está o toque sinfônico? Onde está aquele revezamento constante dos vocais? Então, em alguns minutos, criei uma antipatia imbecil por esse disco.

Mas como todo fã é louco e coleciona tudo que pode da banda, baixei esse disco. Já tinha ouvido algumas vezes, mas hoje decidi apreciá-lo de verdade. E foi uma surpresa bem agradável. Ele mantém as características do WoG nas composições, letras e músicas sombrias, um bom teclado soando como piano (se não é piano mesmo), um praticamente ausente, mas exaltado violino. Mantiveram o vocal agressivo gutural, mas este é feito por convidados ou por Kjetil Ingebrethsen, que é muito bom nisso, por sinal.

Bom, é um som bem menos rococó, como diria um amigo meu. Mas mesmo assim, um grande álbum de Gothic Metal. Ouça ele inteiro, de preferência, com a Bonus Track que saiu no japones e no Digipak, The Gate.